sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Exposição Colectiva de Pintura " Terras do Demo"

No dia 5 de Dezembro, às 16h30, inauguração da Exposição Colectiva de Pintura "Terras do Demo". Participam Adélia Fernandes, Alberto Péssimo, Amália Soares, Aparício Farinha, Gina Marrinhas, Guia Pimpão,Helena Melo,Isabel Aguiar, Isabel Amaral, Isabel Costa, João Santos, José Carlos, José Moutinho, Laura Maria, Manuel Bessa e Nuno Sousa.
Será servido um Porto de Honra.

A Exposição estará patente ao público até ao próximo dia 9 de Janeiro, de 2010, de 2ª a sábado, das 14h30 às 19h.


Terras do Demo (2009) - Colecção Casa da Beira Alta-Porto.

Painel pintado a acrílico s/ madeira 110x150, pintado pelos artistas participantes na exposição colectiva de pintura

sábado, 21 de novembro de 2009

Regresso a Gil Vicente no Teatro Nacional São João

Inserida na actividade "Venha ao Teatro..." e de acordo com o protocolo existente entre a Casa da Beira Alta e o Teatro Nacional São João, no dia 22 de Novembro, um grupo de sócios da Casa da Beira Alta vai assistir à peça de teatro "Breve Sumário da História de Deus" de Gil Vicente. Este espectáculo marca a estreia de Nuno Carinhas enquanto Director Artístico do TNSJ. Nuno Carinhas elegeu para primeira encenação um texto pouco procurado por leitores e encenadores: um texto de Gil Vicente, marcadamente religioso. Representada em Almeirim ao rei D. João III e à rainha D. Catarina, no ano de 1527, a peça percorre, cruzando a exaltação lírica e o impulso satírico, os caminhos das Sagradas Escrituras - desde a Queda do Homem à Ressurreição de Cristo.
Breve Sumário da História de Deus revela-nos, afinal, a misteriosa condição de criaturas cuja desesperada humanidade se redime na esperança de Deus.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

João Pedro Gomes expõe "Segredos da Natureza"

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
Fernando Pessoa

No dia 6 de Novembro, às 16h, foi inaugurada a Exposição de Fotografia "Segredos da Natureza" da autoria de João Pedro Gomes. Ficará aberta ao público até dia 21, das 14h30 às 19.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Noite de S. Martinho na Casa da Beira Alta

No dia 6 de Novembro, festejámos o S. Martinho. Embora antecipado uns dias... a Casa da Beira Alta manteve a tradição , juntando associados e amigos, em clima de amizade e alegre convívio. Com belíssimas castanhas da Cooperativa de Penela da Beira e Jeropiga de Cedovim, Vila Nova de Foz Côa, a noite foi animada pelo Grupo de Música Tradicional da Associação Académica e Cultural de Ermesinde.


terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Casa da Beira Alta em S. Pedro de Balsemão, Leomil e Moimenta da Beira

No dia 31 de Outubro, uma comitiva da Casa da Beira Alta, rumou, manhã cedo, para Moimenta da Beira onde, às 15h30, se realizaria uma Sessão Evocativa dos 260 anos do nascimento da Viscondessa de Balsemão.
A primeira etapa, Lamego. Aí, esperava-nos António Santos, do Posto de Turismo para conduzir o grupo a S. Pedro de Balsemão, um lugar encaixado na margem direita do profundo vale do rio Balsemão e onde se encontra a Capela de S. Pedro de Balsemão cuja origem remonta aos tempos da Reconquista cristã da região, no séc.X. A sua longa história e os traços notáveis da sua arquitectura moçárabe, justificam uma visita. Lá se encontra o túmulo do Visconde de Balsemão. De difícil acesso em autocarro, a viagem foi feita num combóio turístico, por caminhos estreitos, por entre arvoredo outonalmente colorido e medronheiros exibindo, orgulhosamente, os seus frutos.

Após o almoço em Britiande, o destino foi Leomil. Aí, esperavam-nos o Presidente da Junta de Leomil, prof. Macedo, o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira , Dr. Francisco Cardia, a Vereadora Drª Alexandra Marques, o Director da Biblioteca Aquilino Ribeiro, Dr. Ricardo Castro e o Historiador e investigador, Dr. Jaime Ricardo Teixeira Gouveia. Frente à casa dos Viscondes de Balsemão, em estado de abandono e degradação, o dr. Jaime Gouveia explicou a origem remota da povoação, o topónimo, e falou da casa dos Viscondes, das suas características e importância.

Em Moimenta da Beira, na Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro, decorreu a Sessão Evocativa dos 260 anos do nascimento da Viscondessa de Balsemão.
O Dr. Francisco Cardia, Vice-presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira e em representação do seu Presidente, deu as boas-vindas à comitiva da Casa da Beira Alta, saudou os presentes e congratolou-se com a iniciativa.

A Presidente da Casa da Beira Alta, Drª MariaFernanda Braga da Cruz saudou a assistência, agradeceu à Câmara Municipal de Moimenta da Beira e, em particular ao Dr. Ricardo Castro, cujo empenho viabilizou a realização desta Sessão; à Professora Maria Luisa Malato Borralho, a gentileza e disponibilidade para acompanhar o grupo e partilhar com todos os seus conhecimentos e ao dr. José Valle de Figueiredo,associado da Casa da Beira Alta, grande entusiasta de tudo o que respeita a Beira Alta, a alma e o motor desta realização. Em seguida, o Dr. Jaime Ricardo Gouveia, investigador do Instituto Universitário Europeu, falou de Luis Pinto de Sousa Coutinho, nascido em Leomil, 1º Visconde de Balsemão, marido de D. Catarina Micaela de Sousa César e Lencastre, 1ª Viscondessa de Balsemão, poetisa do séc.XVIII, e do aparecimento do apelido Coutinho. Referiu ainda a Casa Grande, nome pelo qual era conhecida a Casa dos Coutinhos, em Leomil.Uma intervenção clara, muito bem eleborada, com frases e terminologia de sabor aquiliniano, que deliciou os presentes.
Usando da palavra, a Professora Maria Luisa Malato Borralho, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, conduziu-nos pelo universo familiar, cosmopolita, literário e poético da Viscondessa de Balsemão. A sua poesia, registada por escrito apenas por quem a ouvia, familiares e amigos, explica o facto de aparecerem versos escritos em folhas e pedaços de papel reaproveitados. Estas folhas, de enorme fragilidade, foram posteriormente cosidas para serem preservadas e não se perderem. Para comprovar esta afirmação e constatação, a Profª Maria Luisa Borralho encantou a assistência com a apresentação de um desses cadernos manuscritos, adquirido num alfarrabista.

Finalmente, o Dr. José Valle de Figueiredo, delegado da Sociedade Histórica da Independência de Portugal e do Instituto Fontes Pereira de Melo, comissário da Exposição " A Guerra Peninsular, a Literatura e a Beira", chamou a atenção para os documentos expostos e para a representação dos escritores beirões aí presentes. A Exposição hoje inaugurada, manter-se-á durante algins dias na Biblioteca Aquilino Ribeiro. Como complemento, alguns associados da Casa da Beira Alta, acederam, generosamente, a ler poemas da Viscondessa de Balsemão: Rogério Lopes, Ilda Marques, Teresa Loureiro, Ana Luisa Sá e Francisco Braga da Cruz. A Sessão terminou com um " Moimenta de Honra", um óptimo vinho branco " Terras do Demo", acompanhado de deliciosos petiscos beirões.

Após este dia, culturalmente preenchido, restava regressar ao Porto!

" Que eu no seio da Virtude
Entre a boa companhia
Não troco por quanto vejo
Um dia como este dia!"

Viscondessa de Balsemão,"Ode Anacreontica" , último verso



Em Leomil


Teresa Loureiro

Na capela de S. Pedro de Balsemão


Teresa Loureiro

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Exposição de Fotografia sobre o Porto - Idalina Perez

Dia 24 de Outubro, pelas 16h, Maria Idalina Torres Rocha Perez, licenciada em Filologia Românica, professora, portuense, amante do Porto e de poesia, apaixonada por fotografia, inaugurou a sua 2ª Exposição de Fotografia sobre o Porto.
A Exposição estará aberta ao público até dia 31, no Salão Nobre da Casa da Beira Alta.

Tal como Eugénio de Andrade escreveu:

"Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos."





sábado, 17 de outubro de 2009

Um cheirinho de férias!

Época de férias , época de procurar novos lugares, uns dentro do nosso belo Portugal, outros fora, para sentir novos cheiros, novas cores, novos sons, novas imagens... Gosto de andar em movimento, mas cá dentro. Desde o Algarve à nossa Beira, tudo me encanta... Envio, com todo o carinho, um cheirinho de Loulé e outro da bela e renovada Bobadela. Um tirado junto ao restaurado Mercado Municipal de Loulé, outro do Forum e do Teatro (Circo) da Romana Bobadela. Nesta última, fui guiada por um Arqueólogo que me ajudou a ler e interpretar melhor a linguagem enigmática dessas Pedras...Isto não é mais do que um convite à Vida.
DEIXEM-NA ENTRAR, por favor.
Obrigada.
Teresa Loureiro


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sessão evocativa dos 260 anos do Nascimento da Viscondessa de Balsemão

A iniciar a sessão, a Presidente da Casa da Beira Alta, Drª Maria Fernanda Braga da Cruz, agradeceu à Câmara Municipal do Porto, na pessoa do Dr. Raúl Matos Fernandes, cuja disponibilidade e empenho permitiram que esta Evocação dos 260 anos do Nascimento da Viscondessa de Balsemão fosse realizada naquele belíssimo salão do Palacete,local onde a Viscondessa teria passado tempos da sua vida. Agradeceu ainda a presença do Director da Biblioteca Aquilino Ribeiro,de Moimentada Beira, Dr.Ricardo Castro; a disponibilidade e entusiasmo da Professora Dr.ªMaria Luísa Malato Borralho em partilhar com a assistência os seus conhecimentos;a participação e intervenção do Dr.Luís Cabral; a concepção e organização do Dr. José Valle de Figueiredo, a alma desta realização e a participação do Grupo de Coros Dramáticos da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra no Porto.
Na sua intervenção intitulada " Se as casas não tivessem memórias...", o Dr. Luis Cabral falou da História do Palacete dos Viscondes de Balsemão, edifício histórico, situado na Praça Carlos Alberto, no Porto, mandado construir no séc XVIII pelo fidalgo José Alvo Brandão.
Esta casa entra no património da família Balsemão pelo casamento de D. Maria Rosa Alvo com o seu primo Luís Máximo Alfredo Pinto de Sousa Coutinho, 2º Visconde de Balsemão.
Na década de 1840, António Bernardino Peixe alugou o palacete transferindo a Hospedaria que tinha na Rua do Bonjardim para aqui. O que celebrizou esta Hospedaria Peixe, foi a estadia do exilado rei Carlos Alberto da Sardenha, entre 19 e 27 de Abril de 1849, enquanto aguardava a preparação da Casa da Macieirinha, onde veio a falecer a 28 de Julho desse ano.
Em 1854, foi adquirido pelo 1º Visconde da Trindade, José António de Sousa Basto, grande proprietário e capitalista, que introduziu profundas alterações no edifício, vindo a casa a atingir o maior esplendor que se lhe conhece.
Ficaram para a História as recepções e festas nos salões do Palacete.
Actualmente funciona aqui a Direcção Municipal da Cultura da Câmara Municipal do Porto.
A Professora Drª Maria Luísa Malato Borralho, docente e investigadora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, falou sobre a Vida e a Obra Poética da Viscondessa de Balsemão, D. Catarina Micaela de Sousa César e Lencastre, 1ª Viscondessa de Balsemão(1749-1824).
Nascida em Guimarães, no dia 29 de Setembro de 1749, dia dedicado pela liturgia, a São Miguel, foi uma
viajante: Guimarães, Londres, Lisboa, Porto, Funchal.
Através de uma exposição clara, suscinta e cativante, a Professora Maria Luísa Borralho soube, sabiamente, atrair e conduzir a assistência por aspectos menos conhecidos da vida e obra da Viscondessa de Balsemão.

Acompanhando socialmente o marido, Luís Pinto de Sousa, a poetisa parte para Londres e aí sente necessidade de se instruir. Para isso,refugia-se em casa, estuda inglês, francês e italiano e só depois de se sentir segura, abre os seus salões à sociedade londrina.
Na sua poesia aparecem referências ao Porto, Douro e Norte. Quase toda a sua poesia é circunstancial, dita pela autora e, a maior parte das vezes, não registada por escrito. Era ouvida e, quando muito, alguém a copiava à mão.
Na contra-capa do livro "POR ACAZO HUM VIAJANTE..." A VIDA E A OBRA DE CATARINA DE LENCASTRE, 1ª VISCONDESSA DE BALSEMÃO(1749-1824) da autoria da Professora Maria Luisa Borralho, ela escreve : "Nas actuais Histórias da Literatura, poucas ou nenhumas referências existem a Catarina de lencstre, 1ª viscondessa de Balsemão. Injustamente, cremos. Louvaram-na poetas como Nicolau Tolentino, Francisco Bingre, Ribeiro dos Santos, a Marquesa de Alorna ou Bocage. Referem-na os historiadores do século XIX, reconhecendo nela os traços de um emergente Romantismo ou a invulgaridade da escrita feminina. Mas hoje não temos como ler, dispersos que se encontram os seus poemas manuscritos. E a História da Literatura precisa de documentos, de preferência impressos.
Por Acazo hum Viajante é a narração de uma viagem. Uma viagem no Tempo, planeada para resgatar do esquecimento uma autora que não devia ter sido esquecida: com mapas, roteiros, caminhos percorridos e outras linhas de indefinidas veredas..."

A finalizar a sessão, o Grupo de Coros Dramáticos da Associação dos Antigos Estudantes da Coimbra, declamou alguns poemas da Viscondessa de Balsemão, entre eles :

Cartografia

Passei dos anos a estação primeira
Livre de susto, isenta de cuidado,
O meu nome entre muitos foi levado
Sobre as asas da fama lisonjeira.

Busquei do mundo a glória verdadeira
Que pode adquirir um peito honrado,
Fugiu de mim o bafo envenenado
Da inveja mordaz, ímpia e grosseira.

Amei os meus, e deles fui amada,
Viajei, e corri terras estranhas,
Cantei heróis, e de outros fui cantada.
E depois de passar coisas tamanhas
Nada ambiciono mais, que descansada
Comer ao pé do lar quentes castanhas.

A GUERRA PENINSULAR, A LITERATURA E O PORTO

Exposição comissariada pelo Dr. José Valle de Figueiredo