quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

"Entre O Hoje E O Amanhã"

Presidida pelo dr. Costa Pereira, elemento da Direcção da Casa da Beira Alta, realizou-se, no dia 7 de Janeiro, a sessão de apresentação do livro de poesia "Entre O Hoje E O Amanhã", de vários autores do Portugal Poético. Usaram da palavra Rui Fonseca, coordenador desta edição, e Ana Carvalho. Segundo ela, a leitura deste livro, "intensa e plena de emoções, é um absoluto cativar de diversas feições poéticas, rumo a uma única interioridade. Os dois momentos, «Entre O Hoje/E O Amanhã», conduzem o leitor a uma passagem reflexiva com o renovar da esperança num àmanhã de forte pendor perseverante.
As vozes dos autores do grupo de amigos do Portugal Poético unificam-se e o Ser sobressai em uníssono para dar testemunho do pricípio basilar que a todso subjaz, ou seja, o princípio poético e cultural na senda do bem comum de toda a humanidade."


São 31 os Poetas representados neste livro: Alexandre Gomes, Ana Carvalho, Ana Ferreira, Ana Homem Albergaria, Beatriz Carmo, Bernardo Couto, Carlos Ramos, Delfina Ferreira, Fânia Dias, Flávia Pimenta, Francisca Goulart, Isabel Damião, Isabel Soares, J. Costa, Joana Manarte, Joana Delgado Serra, José M. Silva, Júlia Fernandes, Maria Aida A. Duarte, Maria de la Salete, Maria Mamede, M. Teresa Mendonça, Mariana Pereira, Marília B. Teixeira, Marta Vinhais, Nuno Silva, Rogério A. Freitas, Rui Fonseca, Rui Louro, Sónia Nunes, Vitor Teodósio.



Ana Cláudia Albergaria e Emília Pinheiro declamaram poemas dos autores presentes, acompanhados por Rolando Barradas. Segundo Rui Fonseca, a alma portuguesa tem, neste trabalho poético, mais um motivo para ficar contente consigo mesma, pois a imaginação construtiva e crítica que a caracteriza, teve nestes autores um sinal inequívoco de que, quando expressa de forma abnegada, consegue feitos que engrandecem o todo, possibilitando o seu crescimento. O caráter lírico da alma lusitana, sempre que assumido de forma sincera, eleva a dinâmica do viver e liberta a alma, possibilitando que o mundo cresça numa vontade superior de um desejo fecundo. Esta é categoricamente a força impulsionadora do mundo, pois dignifica a vida tornando-a mais real e livre. A poesia e todas as formas de arte, enquanto construção do espírito consciente, bem como a filosofia, são as forças por excelência de uma vivência mais digna. Quem dera que a política, enquanto arte maior do entendimento e evolução da humanidade, tivesse nos seus responsáveis uns servos deste néctar libertedor, equilibrando assim o cunho racional que, quando assumido per si, nem semprechega para elevar o humano na sua condição de nobreza. Temos pois que continuar a dar força à alma sonhadora portuguesa, para se acrescentar novos modos de ser à dinâmica do mundo, se queremos num melhor aportar. Parafraseando Maria Aida Araújo Duarte, Rui Fonseca deu voz a tantas palavras caladas que respiram neste livro e que, nalguns casos, ficariam mudas numa qualquer gaveta.

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