As vozes dos autores do grupo de amigos do Portugal Poético unificam-se e o Ser sobressai em uníssono para dar testemunho do pricípio basilar que a todso subjaz, ou seja, o princípio poético e cultural na senda do bem comum de toda a humanidade."
Ana Cláudia Albergaria e Emília Pinheiro declamaram poemas dos autores presentes, acompanhados por Rolando Barradas. Segundo Rui Fonseca, a alma portuguesa tem, neste trabalho poético, mais um motivo para ficar contente consigo mesma, pois a imaginação construtiva e crítica que a caracteriza, teve nestes autores um sinal inequívoco de que, quando expressa de forma abnegada, consegue feitos que engrandecem o todo, possibilitando o seu crescimento. O caráter lírico da alma lusitana, sempre que assumido de forma sincera, eleva a dinâmica do viver e liberta a alma, possibilitando que o mundo cresça numa vontade superior de um desejo fecundo. Esta é categoricamente a força impulsionadora do mundo, pois dignifica a vida tornando-a mais real e livre. A poesia e todas as formas de arte, enquanto construção do espírito consciente, bem como a filosofia, são as forças por excelência de uma vivência mais digna. Quem dera que a política, enquanto arte maior do entendimento e evolução da humanidade, tivesse nos seus responsáveis uns servos deste néctar libertedor, equilibrando assim o cunho racional que, quando assumido per si, nem semprechega para elevar o humano na sua condição de nobreza. Temos pois que continuar a dar força à alma sonhadora portuguesa, para se acrescentar novos modos de ser à dinâmica do mundo, se queremos num melhor aportar. Parafraseando Maria Aida Araújo Duarte, Rui Fonseca deu voz a tantas palavras caladas que respiram neste livro e que, nalguns casos, ficariam mudas numa qualquer gaveta.
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