Em Moimenta da Beira, na Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro, decorreu a Sessão Evocativa dos 260 anos do nascimento da Viscondessa de Balsemão.
O Dr. Francisco Cardia, Vice-presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira e em representação do seu Presidente, deu as boas-vindas à comitiva da Casa da Beira Alta, saudou os presentes e congratolou-se com a iniciativa.
A Presidente da Casa da Beira Alta, Drª MariaFernanda Braga da Cruz saudou a assistência, agradeceu à Câmara Municipal de Moimenta da Beira e, em particular ao Dr. Ricardo Castro, cujo empenho viabilizou a realização desta Sessão; à Professora Maria Luisa Malato Borralho, a gentileza e disponibilidade para acompanhar o grupo e partilhar com todos os seus conhecimentos e ao dr. José Valle de Figueiredo,associado da Casa da Beira Alta, grande entusiasta de tudo o que respeita a Beira Alta, a alma e o motor desta realização. Em seguida, o Dr. Jaime Ricardo Gouveia, investigador do Instituto Universitário Europeu, falou de Luis Pinto de Sousa Coutinho, nascido em Leomil, 1º Visconde de Balsemão, marido de D. Catarina Micaela de Sousa César e Lencastre, 1ª Viscondessa de Balsemão, poetisa do séc.XVIII, e do aparecimento do apelido Coutinho. Referiu ainda a Casa Grande, nome pelo qual era conhecida a Casa dos Coutinhos, em Leomil.Uma intervenção clara, muito bem eleborada, com frases e terminologia de sabor aquiliniano, que deliciou os presentes.
Usando da palavra, a Professora Maria Luisa Malato Borralho, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, conduziu-nos pelo universo familiar, cosmopolita, literário e poético da Viscondessa de Balsemão. A sua poesia, registada por escrito apenas por quem a ouvia, familiares e amigos, explica o facto de aparecerem versos escritos em folhas e pedaços de papel reaproveitados. Estas folhas, de enorme fragilidade, foram posteriormente cosidas para serem preservadas e não se perderem. Para comprovar esta afirmação e constatação, a Profª Maria Luisa Borralho encantou a assistência com a apresentação de um desses cadernos manuscritos, adquirido num alfarrabista.
Finalmente, o Dr. José Valle de Figueiredo, delegado da Sociedade Histórica da Independência de Portugal e do Instituto Fontes Pereira de Melo, comissário da Exposição " A Guerra Peninsular, a Literatura e a Beira", chamou a atenção para os documentos expostos e para a representação dos escritores beirões aí presentes. A Exposição hoje inaugurada, manter-se-á durante algins dias na Biblioteca Aquilino Ribeiro. Como complemento, alguns associados da Casa da Beira Alta, acederam, generosamente, a ler poemas da Viscondessa de Balsemão: Rogério Lopes, Ilda Marques, Teresa Loureiro, Ana Luisa Sá e Francisco Braga da Cruz. A Sessão terminou com um " Moimenta de Honra", um óptimo vinho branco " Terras do Demo", acompanhado de deliciosos petiscos beirões.
Após este dia, culturalmente preenchido, restava regressar ao Porto!
" Que eu no seio da Virtude
Entre a boa companhia
Não troco por quanto vejo
Um dia como este dia!"
Viscondessa de Balsemão,"Ode Anacreontica" , último verso
Pena tenho que, como descendente directo da Viscondessa de Balsemão, não tivesse tido conhecimento prévio deste interessante evento. Lamento também que não tivesse envolvido o representante directo da família (actual Visconde de Balsemão), até pelo contributo que, eventualmente, poderia ter dado, com o espólio em sua posse.
ResponderEliminarCom os melhores cumprimentos,
Pedro M. Pinto de Sousa Coutinho psc@netcabo.pt
Somos nós que lamentamos o facto de não termos conseguido, atempadamente,o contacto de descendentes da Viscondessa de Balsemão!Só tardiamente, já após a Sessão Evocativa realizada no Porto, no dia 29 de Setembro, e próximo da Sessão em Moimenta da Beira,tivemos acesso ao contacto do actual Visconde de Balsemão.Tenho a certeza que a presença e o contributo dos descendentes directos enriqueceria qualquer uma das sessões evocativas que realizámos.
ResponderEliminarAgradeço a sua participação e comentário.
Com os melhores cumprimentos
Maria Fernanda Braga da Cruz